À flor da pele

Atividades simples, como caminhar um pouquinho na hora do almoço, podem fazer com que você reduza o estresse. Saiba por que isso é tão importante para a sua pele.

Ninguém fica nervoso porque quer. Mas o estresse, resposta do organismo a uma situação que exige do indivíduo adaptação, atinge cada uma de forma e intensidade diferente. E nem sempre traz prejuízo, pois pode servir de estímulo para que a pessoa tome atitudes que considera indispensáveis para a sua sobrevivência. Estudar antes de uma prova, por exemplo, ou tomar coragem para mudar de emprego. Quando a pessoa, porém, não consegue controlar esse estresse, as defesas do organismo enfraquecem. E a pele, como todo o corpo, sofre as consequências.

Muitos estudos já mostraram que, na pele oleosa, o estresse aumenta a secreção de óleo, agravando a acne mesmo nas mulheres adultas. O estresse crônico pode também danificar a barreira protetora da pele. Isso acontece porque o corpo faz um esforço extra para restabelecer o equilíbrio perdido, utilizando reservas de energia física e mental. Essa compensação é um dos fatores que podem provocar no organismo uma produção acelerada de radicais livres. Os radicais livres, como vocês sabem, alteram as estruturas das células e danificam as fibras e a barreira cutânea. A este processo, chamamos de estresse oxidativo. “Nessa situação, o excesso de radicais livres pode danificar proteínas como colágeno e elastina, trazendo o envelhecimento da pele”, adverte Daniela Diogenes, química dos laboratórios Natura.

Peles secas também não estão fora do alvo do estresse, que aumenta a produção de hormônios como o Cortisol. Esses chamados "hormônios do estresse" ativam a inflamação que é responsável por regular o sistema imunológico. Assim, pode aumentar o grau de reação da pele. O resultado é um acúmulo de toxinas e diminuição de nutrientes que podem causdar ressecamento e perda de viço, além de pontos escuros (manchas).

O estresse também provoca insônia, que pode aumentar a incidências de reações alérgicas pois, durante o sono, fortalecemos também o nosso sistema imunológico.

Mulheres se estressam mais que os homens
Uma pesquisa realizada na PUC Campinas e publicada no livro Stress a seu favor (Editora Ágora), da biopsicóloga Susan Andrews, o estresse afeta duas vezes mais mulheres do que homens. Na pesquisa, entre as crianças diagnosticadas “estressadas”, 80% eram meninas e 20% meninos. Entre os adultos, o resultado foi de 65% de mulheres e 35% de homens. Para a autora, isso acontece porque as meninas têm despertado mais cedo e as mulheres vêm sofrendo mais pressões para administrar família e trabalho.

O que fazer?
“A redução do estresse é um hábito que você pode cultivar”, escreveu a dermatologista americana Leslie Baumann em seu livro Pele Saudável (Editora Campus). Para ela, ficar atento aos fatores que aumentam a tensão é a grande chave para atenuar o problema. A médica dá dicas para fazer do controle do estresse parte de sua rotina semanal.

*Receber massagem relaxante
*Fazer ioga
*Caminhar
*Meditar em um local tranqüilo
*Aplicar óleos essenciais calmantes, como o de camomila e lavanda
*Ouvir música suave
*Brincar com seu bicho de estimação
* Viajar para a praia. “Gosto de observar as ondas do mar. Isso sempre funciona para mim!”, diz a autora.

E você? Como tenta controlar seu estresse?

Fonte: Cuide da Pele